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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Deus: a tranquilidade dos crentes e a angústia dos ateus.

Deus: a tranquilidade dos crentes e a angústia dos ateus.

Ontem, tive essa prova quando um amigo ateu me disse: " Não acredito nem acreditarei em Deus enquanto existir uma criança com fome! Sou ATEU!" _ e disse-o com imensa convição!!!.

Respondi ao meu amigo afirmado que eu nunca o tentaria demover de ser ateu, nem valeria a pena ele tentar demover-me de ser crente! Como questiona Eduardo Prado Coelho a Dom José Policarpo, no livro "Diálogos sobre a Fé" : "_será que a Fé é DOM???...E se é um Dom, porque Deus não o concedeu a todos???...."

_ Não me lembro da resposta do Dom José Policarpo mas tenho a certeza que esteve à altura da pergunta.

Ter Fé, é dar sentido a algo que em princípio não tem sentido, é dar resposta a uma pergunta que não se faz.
Acredita-se porque se acredita- Eu acredito porque se não acreditasse, nada "disto" faria Sentido!!
Deus, concedeu ao Homem o livre arbítrio... E à Natureza total poder: Deus não traz furacões, tempestades, doenças crónicas nem guerras, nem fomes!!!!
Deus é Amor e está ali, ou aqui, dentro de cada um de nós, para nos carregar ao colo cada vez que achamos que não conseguimos dar um passo!
Deus... Aquele ser Todo-Poderoso que se encarrega de criar galáxias, buracos negros, nebulosas, átomos...Deus que cria vida a partir de um amontoado de moléculas, não tem que se preocupar com os disparates que o Homem faz: Deus está AQUI para o acolher e perdoar 70X 7 vezes!.

_Einstein dizia que há 2 maneiras de ver a Vida: " Não existem milagres ou... Tudo é um milagre!"_ (Eu prefiro o segundo postulado:)

Deus não intervêm na natureza dizia o Padre e teólogo Michel Quoist.
Quando rezo, não peço a Deus por mim: peço que proteja aqueles que amo. Para mim, apenas peço a coragem e serenidade de enfrentar as contrariedades da vida com dignidade.

Rezar, como os cientistas provaram, acalma a mente, tal como a meditação.
E há muitas maneiras de rezar: na solidão do nosso quarto, quando ajudamos alguém que de nós precisa, ou até mesmo mesmo quando nos irritamos com o Criador!... (Quem nunca se zangou com os pais???)

" O acaso é o pseudónimo de Deus quando ele não quer assinar o Seu nome" , afirmou um dia o poeta Anatole France.

Adorei esta frase do livro " Como o acaso comanda as nossas vidas" de Stefan Klein.
Ok... Não sei exactamente onde queria chegar com este texto: talvez afirmar que a Vida nos põe à prova: quando um cavalo salta 1,60... sobe-se o obstáculo para 1,65.
Não é assim que a vida funciona??.....
Deus está lá a dar-nos confiança
 naqueles 5 cms a mais.
Deus está lá se caírmos. Para ajudar a levantar-nos


sábado, 13 de julho de 2013

Cada homem é do tamanho da fé de que for capaz. In José Luis Nunes Martins . Jornal i

"A consciência do dom obriga-me. Por isso em português dizemos tão sabiamente: obrigado. O que me foi dado compromete-me

O mundo não é uma pergunta. É a resposta.
Muitos são os que exploram o que há nas montanhas, nos mares e nos desertos... mas são poucos os que chegam a descobrir a divindade que há à volta do seu coração.
Cada vida é um dom. Há que aceitar esta verdade que se escuta até nas coisas mais simples. Cada homem tem algo de extraordinário, assim como cada coisa tem o seu lugar. Desprezar uma pessoa, ou um qualquer pedaço de mundo, é ignorar que até o mais pequeno dos fragmentos de um espelho partido consegue refletir a luz do sol e iluminar uma escuridão.
Aquele que se preocupa tanto com o seu vizinho como consigo mesmo, perdoando-lhe como se perdoa a si mesmo, conhece o valor da vida e o caminho para a felicidade. Nunca é complicado. Trata-se de, na maior parte dos casos, conseguir respeitar o outro, aceitando-o como igual e não como alguém de uma humanidade diferente. Há corações cegos, mesmo quando os olhos vêem.
Neste lugar sagrado de nós mesmos, onde os instantes não se medem, reside uma ideia simples:
Cada homem é do tamanho da fé de que for capaz. Das desesperanças que consegue vencer. Não do tamanho dos seus aniversários, posses ou ambições... Só quem reconhece que a vida lhe chegou às mãos como um puro presente pode esperar compreender a essência do amor. A sua absoluta gratuitidade.
A consciência do dom, obriga-me. Por isso em português dizemos tão sabiamente: obrigado. O que me foi dado, compromete-me.
Não viver bem. Eis a raiz de um dos maiores medos perante a morte. Teme-se não tanto o depois, mas o que pode não acontecer antes. A verdade é dura. A vida não vivida dói-lhes.
Ter a própria morte por perto obriga-nos a viver melhor a nossa vida, com a absoluta urgência de apenas valorizar o importante. Só quem julga que vai viver aqui para sempre (como se a vida eterna fosse esta) se dá ao luxo imbecil de desperdiçar uma hora das suas; os demais, aqueles que estão conscientes do tempo limitado, podem, face a face com a sua morte, abraçar o melhor desta vida, e, quando lhes chegar o fim, não o temerão da mesma forma... por que terão dado a si mesmos uma vida boa, bela e verdadeira... que não acaba com a morte. Uma vida bem vivida é eterna, apesar da morte.
Aceitar o dom da vida implica honrar com a felicidade esse que é o supremo talento.
Há que aprender a moderar os juízos, sem condenar nem recompensar nada com precipitação. A realidade é efémera e a maior parte das nossas certezas são apenas transitórias, mundanas. Muitas tristezas nascem das pressas. Mas não haverá pior desgraça do que a de quem, no amor, não se entrega todo... de quem não está disposto a dar a sua vida por aquilo em que acredita...
Uma vida sem nada pelo qual valha a pena morrer, também não é digna de ser vivida.
Há que respirar paciência. Respirar a verdade de que a vida nos chega a cada segundo... respirar, percebendo que cada respiração é uma simples onda de vida que nos ilumina o interior.
Pode a beleza tornar-se mais bela? Sim, pelo amor. O dom de quem dá, o mesmo de quem recebe.
No amor, o mais sábio e ousado não é o que bem defende e ataca mas o que se rende e entrega..."

 José Luís Nunes Martins
Investigador
Escreve ao sábado

Viver é ser cada hoje. _ José Luís Nunes Marins in Jornal i

"Só há vida quando há amor e o amor é intensidade. O amor é aditivo, nunca subtrativo. Amar é ser mais, nunca ser menos.

Quantas vezes o desejo de estabilidade nos conduz à mediocridade? A quantos sacrifícios nos obrigamos tendo a segurança como horizonte? Como pode alguém julgar que é abdicando de ser quem é que conseguirá chegar à felicidade?
O que queremos, no fundo, é paz ou felicidade?
Muitos são os homens que, com medo das impermanências, se refugiam nos níveis baixos das suas escolhas. Ficam com uma previsibilidade a que chamam paz, mas que é, na verdade, uma sólida e pesada fraqueza.
A existência humana é, na sua essência, instável. Ser homem passa por viver ativamente. Assumir riscos. Saltar. Cair. Magoar-se. Sorrir. Voltar a arriscar. Enfrentar feras e esperas. Sem nunca abdicar de ser mais.
Quem não corre riscos, não vive. Ou melhor, tem uma vida estável mas que não tem valor algum... quantas preguiças e inércias se escondem por detrás de uma alegada necessidade de sossego?
A única estabilidade que interessa é a firme convicção de que a nossa vida implica um esforço constante para que nos mantenhamos de pé e... um pé diante do outro, a andar para diante... mesmo quando não se vê chão.
Nos piores momentos, há que ser capaz da esperança que garante que tudo muda... nos melhores, a lucidez da certeza que garante que tudo muda... uma espécie de constância interior perante inconstância exterior. Tudo muda.
É preciso nascer de novo a cada dia. Não há nesta vida tempo para grandes previsões. Viver é ser cada hoje.
É nas tempestades que se atesta a firmeza da nossa fé, pela determinação com que nos agarramos à vontade de ser felizes.
Só há vida quando há amor e o amor é intensidade.
O amor é aditivo, nunca subtrativo. Amar é ser mais, nunca ser menos.
É preciso largar tudo, começar do zero, vezes sem conta... esquecer os sossegos, pois que ser feliz é suportar inúmeras tragédias, rir de outras tantas comédias... mas nunca ficar quieto, como que à espera que algo ou alguém chegue para nos resgatar da lama onde estamos deitados... a morrer sossegadamente. Viver é sair destes sofás. É sorrir mesmo quando chove, ou melhor, sorrir também porque chove!
Equilíbrio, ordem, ritmo e harmonia são qualidades que podem esconder a suprema cobardia: a recusa da fé.
Longe do amor é o marasmo que até pode parecer paz, mas não é.
A excelência da vida é a sua intensidade e a coragem com que cada dia deve ser enfrentado implica que cada um de nós saiba que esta vida é, toda ela, tempo de luta intensa... ora em tristezas fundas, ora em alegrias transbordantes... uma navegação rumo ao melhor de nós... e do mundo.
Há quem não perceba que não há dois dias iguais, duas flores iguais, duas brisas iguais... vivem numa estabilidade estranha, longe da verdade, como se não percebessem que o tempo aqui gasta-se; como não se dessem conta que cada respiração é uma dádiva... que nos deixa sempre mais próximos da morte.
De que vale sonhar um paraíso se não se percebeu que é preciso conquistá-lo, na suprema bravura de entregar a isso a própria vida?
Qualquer felicidade faz-se inferno assim que nos contentamos com ela.
Não é pois a estabilidade que devemos desejar, mas a intensidade de uma vida plena.
Os caminhos estáveis e direitos não levam a lado nenhum. À felicidade chega-se pelo mais duro... onde só o amor consegue dar-nos força às pernas e fé à alma que nos segura os pés." José Luís Nunes Martins a 13/07/13

SER PENSATIVO É HOJE SINÓNIMO DE ESTAR TRISTE???....

Há uma diferença entre estar excitado e vivo. Na sociedade actual, espera-se que estejamos sempre alegres e a fazer muitas coisas, para não sermos vistos como tristes ou chatos. Ser pensativo é hoje sinónimo de estar deprimido. Tenho acompanhado pessoas, muitas delas jovens, que não conseguem sair da medicação, incapazes de sentir. De chorar. De tomar decisões. Parte do meu trabalho é acompanhá-las nesse processo, ajuda-las a viver como são, a sentirem-se vivos, presentes, merecedores de serem pensados.

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