«Seja crucificado! Este grito,
multiplicado pela cega paixão da
multidão
- estranha liturgia da morte -
Ressoa ao longo da história,
Ressoa ao longo do século que acaba:
Cinzas de Auschwitz e gelo do Gulag
Água e sangue dos arrozais da Ásia,
Dos lagos de África,
Paraísos massacrados.
Tantas crianças rejeitadas,
prostituídas, mutiladas.
Ó não, não o povo hebraico
Por nós durante tanto tempo
crucificado,
Não a multidão que prefere sempre
Barrabás;
Aquele que retribui o mal com o mal
Não eles, mas nós, todos nós e cada
um de nós,
Porque somos todos assassinos do
amor.»
Olivier
Clément in
O livro
das conversões