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sábado, 31 de outubro de 2009


Hoje estive uma hora ao telefone com o delegado de saúde da minha região depois de ter passado uma noite horrível sem conseguir baixar a febre da Filipa...E fiquei esclarecida!

Então é assim:

1. a Gripe A é o resultado da mutação de vírus da gripe sazonal com gripe aviária e suína.
2. A gripe A é menos agressiva que a gripe sazonal: apenas se TRANSMITE OU CONTAGIA COM MAIS FACILIDADE.
3. A gripe A trata-se exactamente como a gripe normal. O Tamiflu só é dado a pessoas chamadas de "risco", (que sofram de insuficiência renal, cardiopatias), etc.
4. Fiquei a saber que apesar de a "saúde 24" não ter detectado por causa das minhas febres baixas, eu tive GRipe A há 8 dias, apanhei dos meus alunos e transmiti à minha filha.
Não fiz febres altas porque a cirurgia qo cérebro pode ter-me alterado o "termóstato cerebral". O Delegado de Saúde chegou-me a explicar que quem tem uma temperatura basal baixa, uns 37,5 correspondem a 38,5 numa pessoa normal.
A Filipa continua bem/mal: temperaturas altas e difíceis de controlar, garganta dorida e tosse seca (tal como eu).

Como, Graças a Deus, a minha filha não tem doenças congénitas...tudo está a correr como o previsto: 3 a 4 dias de febre e ficará boa _se Deus quiser.
Relativamente à análise para detecção da referida gripe A só há um laboratóro em Portugal fidedigno e que conta para as estatísticas nacionais: O Instituto Ricardo Jorge.
O laboratório de província onde estava a pensar levar a Filipa na 2ª feira não é considerado fidedigno.

Finalmente, ontem o delegado de saúde tinha dúvidas de que a Filipa teria gripe A, hoje tem a certeza.

Clínicamente falando, o caso está arrumado.
Tratamento: vitamina C, muitos líquidos, Brufen e paracetamol.
Beijos e....Obrigada pelo apoio que me deram!!!
Espero ter ajudado a esclarecer alguma dúvida!!
Só mais uma nota: esta gripe A não "ataca" tanto as pessoas idosas porque essas já ficaram imunes com a Asiática como foi o caso do meu pai... O vírus era da mesma estirpe e serve agora de vacina!

Isabel

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ISTO NÃO é POESIA!


Vou vivendo
Dia após dia
Momento após momento…
Esperando pelo encontro certo
No momento exacto.

Vou sentindo
As saudades que doem todos os dias, horas e minutos,
Dos que amei e perdi, dos momentos que não possuí.

Quando o coração aperta,
Um sorriso amigo me chega
Um olhar cúmplice me basta.

Nada quero, nada sou.
Saudades do que não vivi
Mágoa eterna pelo que perdi.

E…Vou vivendo
Vou respirando, sorrindo, brincando,
Sentindo-me cada vez mais viva
Sabendo que o tempo escorre,
E que a morte se aproxima.

Vou vivendo
Dia após dia
Momento após momento…
Esperando pelo encontro certo
No momento exacto.

domingo, 25 de outubro de 2009

MULHERES DO MEU SANGUE!!!


Mulheres do meu sangue

Não sei a ancestral história das mulheres que me precederam no sangue e no nome.
Mas tive o privilégio de conhecer algumas que hoje me enchem de orgulho e me fazem escrever estas palavras….
A minha bisavó Moura Portugal que com o seu carinho marcou os bisnetos; a minha avó paterna, uma das primeira parteiras licenciadas pela Universidade de Coimbra_ contra a vontade da família_, mãe de oito filhos, católica praticante, conta o meu pai que quando as senhoras lhe pediam para fazer abortos chamava os 8 filhos à sala e lhes dizia que abortar era matar_…Uma avó, que ainda hoje, pessoas que encontro na rua me dizem: “a sua avó era uma Santa!”….
A minha avó materna, a menina no meio de 7 irmãos, uns mortos pela pneumónica, outros na 1ª guerra Mundial. A menina que herdou as propriedades da família e viu o meu pobre avô perder tudo em incêndios, feitores desonestos, etc….Que viu morrer uma das 3 filhas e sobreviveu….Que me levava para o quarto e me mostrava às escondidas revistas do Tempo do exílio da Rainha Dona Amélia, Dom Carlos, Dom Luís, Dom Manuel….Imagens que me marcaram para sempre….
As minhas tias paternas: uma estudou farmácia , (tem hoje 80 anos), a outra Histórico-Filosóficas tendo sido leitora da Sourbonne…
As minhas tias maternas…A minha madrinha de baptismo, Maria, como a minha filha, aluna que acabou o liceu com vinte a Matemática, a minha tia Elvira, perfeita dona de casa e senhora de um humor e alegria contagiantes…Que eu vi morrer com uma doença horrível_ “Doença do Neurónio Motor”_ sem uma queixa, sem um “ai”, sorrindo até ao último dia mesmo quando já não conseguia falar…
A minha mãe…Com as suas fobias que a impedia de entrar em aviões ou navios mas que soube enfrentar a doença horrível que a levou em 11 meses com uma estoicidade inexcedível….
As minhas filhas, finalmente as minhas amadas filhas: amantes de animais como os pais, praticantes de ballet e de equitação, corajosas como tudo: acabam de cair o cavalo, montam outra vez e mostram “quem manda” apesar de montarem cavalos de competição do pai…
Mesmo que cheguem a casa com uma ou outra nódoa negra nem mencionam. O que sei é por curiosidade: “mãe, sabes o que é que o Hasting fez à Maria??”…
_O Hasting, cavalo com que o meu ex marido foi campeão nacional de dressage e que hoje apenas é um cavalo de cobrição, cheio de hormonas que só lhe dão para fazer disparates!!._
As minhas filhas são um exemplo de coragem e persistência…filhas de pais separados, uma delas disléxica, lutam de nariz empinado para serem umas meninas exemplares.
Amo-vos Mulheres, sangue do meu sangue!

Isabel

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A AVÓ


Hoje ao jantar, a Maria ...sem mais nem menos, disse-me que "o Natal sem a avó não era Natal".
Explicou-me que muito raramente chorava e que nem no enterro da avó o tinha feito.... Disse que há pessoas assim: embora sintam uma enorme dor não a conseguem expressar… eu compreendo-a porque sou igual.
Relembrou o quanto a avó, minha mãe, adorava as filhoses de Natal e que no último em que esteve connosco, 2007, embora fizesse todos os dias a viagem Coruche- Lisboa para fazer tratamentos ao peito recém operado, só pensava na festa e nas filhoses....._Que quase ninguém aprecia muito...Sobram sempre imensas....Mas é tradição._
Pois bem, no Natal de 2008, uma amiga da minha mãe, ofereceu lá para casa dos meus pais, uma caixa das ditas filhoses que a minha filha se encarregou de levar ....
Pensou então na ironia da avó já não estar presente, para as saborear.....E a Maria contou-me, que foi carregando essa caixa de doces natalícios que a avó já não ia comer, que finalmente conseguiu chorar desalmadamente, soluçando em plena rua.

Eu ouvi-a com o coração do tamanho de um átomo.
Não disse nada: que lhe poderia dizer???
Só uma coisa nos consola, a nós católicos: a certeza de que a avó/mãe, está lá no Céu, muito feliz, preparando-se para passar mais um Natal connosco.

Isabel

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Monarquia e democracia


Hoje, o Dr. Louçã afirmou perante as câmaras da RTP, que a monarquia é o contrário da democracia!!!!:))) _ como eu sou ignorante!_ Ainda não tinha percebido que a Suécia, Noruega, Espanha, Bélgica, etc... eram ditaduras!!!

sábado, 3 de outubro de 2009


Os aviões não voam para trás.
Quando descolam, não há volta a dar: para cima e para a frente é o caminho.
Por mais que as saudades dos tempos passados nos esmaguem o coração, é preciso ser forte e acreditar que o voo será tranquilo e que à chegada encontraremos a Paz.
Por mais que a solidão doa como um punhal no peito, nada mais se pode fazer do que aceitar a dor e acreditar que…Um dia, ela passará.
Isabel

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Faz-me chorar!


Faz-me chorar

Há bebés que não choram, logo, não respiram, no momento do nascimento.
As parteiras experientes dão-lhe uma palmada que lhes desencadeia o mecanismo do choro e consequente respiração.
1,2,3 Vou nascer outra vez….. Lembram-se dessa música??


A letargia atingiu-me de tal modo que a dor surda que trago no peito se assemelha a um nenúfar monstruoso que desabrocha do meu coração, sugando tudo à sua volta…
Não consigo libertar-me e gritar, dizer uns palavrões, dar uns pontapés por aí…
Hoje lembrei-me que ….fiz tantas coisas mal..que errei tanto…que chateei….que não compreendi,…que,…..fiz tanta coisa imperdoável…
Mãe….Estavas com a vida por um fio, mas como te descobriram diabetes, eu chateei-te para controlar os doces….
A Helena,a minha melhor amiga, tinha o marido a morrer e negou-lhe uma laranja! Uma porra de uma simples laranja que ele tanto lhe suplicou dizendo que estava farto da fruta cozida “recomendada” pelos médicos!!!......
Mãe, pensei que estavas a ter um AVC quando perguntei onde guardavas as camisas de dormir e tu espantada não conseguiste explicar….Mãe, percebeste a minha aflição? _ Não, não era AVC nenhum…Eram as toxinas que o teu fígado metastizado em segredo, já não conseguia metabolizar….
E não choro. Mantenho-me impassível.
Pediste-me para morrer em casa e eu não cumpri o teu desejo.
Merda, como me posso perdoar?????????????
Mas o que é isto??
Que fazemos nós???
Em que criaturas nos tornámos.????
Mãe…rebobina a cassete: faz o filme voltar ao princípio…Por favor,…..
Chama-me nomes e diz que eu sou uma merda de filha que ainda por cima te chateei com os meus problemas….
Se a morte é um momento mágico, a vida também o é. E cada momento é único e irrepetível….Quando aprenderemos tal lição??
Mãe, porque não nasci cigana para fazer um berreiro danado no tua missa, no teu enterro???....
O que me fez ser assim??
Talvez a certeza absoluta de que estás muito melhor do que eu e a certeza do reencontro me façam sentir que já nada tem importância e que não há volta a dar ao passado……
Talvez a noção fria e real de que este filme não pode ser rebobinado me façam permanecer num mar da tranquilidade lunar, sem ventos nem tempestades, à espera daquilo que a Vida me trará, quer eu queira, quer não.
“Pai, afasta de mim este cálice!”
E o cálice foi bebido até ao fim….
É esse amor transcendente, ilógico e poderoso pelo Crucificado que me dá paz….
Graças a Deus.

Isabel ( Novembro de 2008)