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domingo, 23 de agosto de 2009

LES UNS ET LES "AUTRES"


“Mes amis, mes amours, mes amants…”

Do alto da minha provecta idade, 47 anos para quem não sabe, já vi muita coisa…E no que aos seres humanos diz respeito muito há para observar e ….concluir.
Falando de homens, os nossos companheiros de viagem neste Planeta, os nossos maiores amigos ou os nossos maiores inimigos, depende, cheguei a uma conclusão que vou tentar apresentar em linguagem “tauromáquica” mas que não traumatize ninguém.
Ora bem: há 2 tipos de homens: os picadores e os que têm mais vocação para toiro.
Os primeiros, parecem quase sádicos tal é o prazer que retiram dos jogos amorosos, das incertezas e inseguranças que criam, das dúvidas existenciais e outras que tais que nos fazem sentir.
Os que têm vocação para toiros são semelhantes aos masoquistas completos.
Passo a exemplificar:
Tive um casal amigo, com um casamento de 20 e tal anos em que ele a tratava como uma rainha. Todas, mas todas as semanas lhe oferecia um ramo de rosas.
Ela era licenciada, chegou a ter altos cargos na função pública e ele era um óptimo rapaz, mais simples, que não chegou a acabar o curso.
Tiveram filhos maravilhosos que pareciam ter tudo para ser o exemplo da família exemplar.
Pois bem, um dia a menina chega a casa e diz: _“ quero divorciar-me, já não te amo, estou apaixonada por outro!”_
Não estava lá para ver a reacção do meu amigo mas calculo que tenha sido….de ficar sem chão debaixo dos pés.
O rapaz deu em beber e fumar, apanhou uma úlcera gástrica, ia morrendo, ficou com os filhos e com a casa tomando conta de tudo enquanto ela partiu para o estrangeiro atrás da sua paixão.
O meu amigo é um homem educadíssimo, culto, simpático, sabe estar, e ainda por cima…É GIRO!!! Mulheres, GIRO mesmo!!
Vocês acreditam que ele nunca mais arranjou ninguém??
Na altura os nossos amigos comuns quiseram fazer o arranjinho: eu estava divorciada há mais tempo do que ele…Pois bem…Ainda fomos a uma inauguração de pintura juntos, e um dia proporcionou-se beber um copo “chez moi”.
Depois do copo e de confissões mútuas ele pediu se me podia abraçar uns minutos: esteve para aí 10 minutos abraçado a mim…talvez tenha chorado, não sei.
Depois perguntou-me: “posso cá ficar esta noite??”
E eu, calmamente e ao mesmo tempo com o coração aos pulos respondi: “Achas que isso é correcto? É isso mesmo que tu queres???”…………………………………………………………………………………………
Silêncio. Ele baixou os olhos.
Quando os levantou para mim, da sua boca saíram as seguintes palavras: “Eu sou demasiado teu amigo para te fazer sofrer!”
Eu olhei-o… e contra todo o meu desejo e natureza feminina respondi: “ Pois bem, a última coisa que eu quero é um homem que faça sofrer!”.
Posto isto, levantei-me e acompanhei-o à porta.
Ficámos amigos e ainda hoje gostamos imenso um do outro.
Ele, nunca mais teve ninguém: acho que não esqueceu nunca aquela que o “encornou” e que quase o destruiu. Continuará à espera dela??
Não sei.
Eu…Fiquei só mas feliz porque fui coerente: Só quero, na minha vida, na minha cama, no meu carro, whatever, um HOMEM que me queira a 100%.
Para o bem e para o mal.
Como dizia o poeta: “Quero amar ou odiar, o meio termo é que não!!!”
E eu, sou exactamente assim.
Ter alguém só por ter?? Não muito obrigada. Graças a Deus se quisesse isso, não teria a mínima dificuldade: não é falsa modéstia, sei o que valho.
Quanto aos homens….Não tenho dúvida que faria feliz o meu amigo: sentia-me capaz disso. Mas há coisas que simplesmente não dependem de nós, e essas têm que se aceitar.
Este caso ilustra o “homem bonzinho que leva com as sacanas/putéfias deste mundo”.
Este tipo de homens corresponderá talvez… a 10% do total dos machos latinos.
Os outros??
A maioria são uns predadores meio desdentados, carapaus de corrida armados em tubarões.
Alguns têm a lata de aparecer nas revistas a “dar uma” de pais de família exemplares quando eu conheço as suas amantes!!!
Para esses, não há tempo a perder: ridicularizá-los é a melhor maneira de os afastar.
O homem ideal??
Não existe, tal como não existe a mulher ideal.
Eu…Na minha solitária posição, espero tudo, ou nada.
Depende da disposição com que acordo.
Mas uma coisa sei: “quero amar ou odiar, o meio termo é que não!”
Isabel

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