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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NOITE


Hoje, foi daqueles em dia em que precisei
De agarrar no carro, pôr a música no máximo
E acelerar por uma estrada fora, noite dentro.

No percurso, à medida que as curvas se aproximavam,
As nuvens negras desta noite Outonal
Ensaiavam uma terrível ameaça no horizonte

Quanto maior era a adrenalina, mais pontos de interrogação se levantavam na minha cabeça: “e se?”
E se?
E se o meu pulso tremer, a minha mão deslizar…Um tremor me fizer largar o volante??
E se??
E se eu deixar a noite entrar, para sempre, dentro de mim?

Isabel

3 comentários:

  1. Tantos Ses

    Então mais alguns Ses em forma de conselhos, apesar de os não teres pedido.
    (Desculpa a falta de jeito para versejar)

    Na loucura de uma noite destas,
    Não pensei em duas crianças.
    Abandonei o prazer de viver,
    Na loucura de certas andanças.

    Se deixar a fútil adrenalina,
    Em mim mulher de 45 anos.
    Se apenas sorrir sorrir,
    Saem de mim certos fulanos.

    Se dentro de mim de novo,
    A força de mulher coragem,
    Pensamentos o tempo leva,
    E abre à mente a nova aragem.

    O choro de causas perdidas.
    Sufocam-me em tanta dor.
    Talvez sorrir com novo amanhã,
    Porque não, com novo amor.


    Agora o IF de Rudyard Kipling que deves ler com calma.


    Se és capaz de manter tua calma, quando,
    Todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
    De crer em ti quando estão todos duvidando,
    e para esses no entanto achar uma desculpa.

    Se és capaz de esperar sem te desesperares,
    ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
    Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
    e não parecer bom demais, nem pretensioso.

    Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
    De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
    Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
    Tratar da mesma forma a esses dois impostores.

    Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
    Em armadilhas as verdades que disseste
    E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
    E refazê-las com o bem pouco que te reste.

    Se és capaz de arriscar numa única parada,
    Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
    E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
    Resignado, tornar ao ponto de partida.

    De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
    A dar seja o que for que neles ainda existe.
    E a persistir assim quando, exausto, contudo,
    Resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

    Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
    E, entre Reis, não perder a naturalidade.
    E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
    Se a todos podes ser de alguma utilidade.

    Se és capaz de dar, segundo por segundo,
    Ao minuto fatal todo valor e brilho.
    Tua é a terra com tudo o que existe no mundo,
    E - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

    um beijo
    Jorge Ferraz

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  2. Obrigada pelos lindíssimos poemas!!
    Adorei.

    Isabel

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  3. Hoje acho que este mal-estar foi um pressentimento.
    Passados 2 horas soube que as minhas amigas e colegas tinham tido o acidente...

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