Às vezes
damos por nós a pensar o quanto é complicado o amor; experiências mais ou menos
marcantes, deixam-nos cheios de pontos de interrogação.
Damos por
nós a saber o que não queremos, o que não nos serve , o que nos ofende ou magoa
e a dificilmente saber o que queremos…
E talvez não
saibamos porque a “pessoa certa”… não apareceu.
Como diz
Galeano, “ a utopia serve para caminhar”.
É
perseguindo essa utopia que seguimos, sós, porque as coisas fáceis, não são as
que nos preenchem.
Conhecendo-nos,
sabemos que só alguém muito especial nos fará acelerar a frequência cardíaca.
A biologia
ensina-nos que são os machos que constroem ninhos lindos para as fêmas apreciarem,
que lutam entre si, que marcam território, que têm o trabalho todo: não é fácil cativar,
de todo!!!!
Existem os
desiludidos da vida que resumem o amor à experiência sexual.
Inventam mil
artefactos, aventuram-se em encontros às cegas, exploram a parte física ao ponto
de, como alguns amigos confessaram, ir a casas de swing para “apimentar” a
relação….Há quem pense que o amor precisa de terceiros!....
Onde está o
amor neste tipo de relações??.... Nem com microscopia electrónica se encontra. Encontra-se
facilmente a luxúria, a irracionalidade, a ausência de emoções, o vazio, isso
decerto.
E depois, há
aquelas histórias das mulheres que trocam tudo, e se armam em conquistadoras, ou melhor, em
invasoras do território masculino como se o feminismo e a modernidade
implicassem essa atitude!!
As mulheres
da minha geração, ou melhor, as que
tiveram a minha educação, não se sentem amarradas a preconceitos: sabem apenas
manter-se no seu lugar…. E… a biologia não se contraria!
Em questões
do coração não há igualdade. Há seres humanos, normalmente homem e mulher e a
cada um cabe o seu papel: o que conquista e o que se deixa conquistar, embora
subtilmente, o conquistador se torne em conquistado.
E é nesse
encontro, nessa troca, que tudo se torna simples e sublime.
Posto isto
há quem tenha encontrado equações matemáticas que tendem para o infinito a que
chamam amor. Sim, porque o Amor, não é eterno enquanto dure. É apenas ….eterno.
Eu tenho
para mim que o amor é uma equação simples: empatia, compreensão, o “falar a
mesma linguagem”, o saber estar, partilhar e respeitar os gostos, princípios,
valores, educação… e depois aquela parte inexplicável: o perfume, o tom de voz,
a temperatura da pele….
Se juntarmos
os ingredientes das variáveis acima mencionadas, se elas se conjugarem no tempo
e no espaço: o milagre acontece. Foi plantada a semente do verdadeiro amor.
Depois… Ah
depois é só regá-la com ternura, dar-lhe o sol da alegria, e….livrá-la da
sombra da solidão.
Isabel.