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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Dedicado à ministra de educação e aos seus acólitos.


Dedicado a todos os falsos, hipócritas, engraxadores, sacanas e trepadores.

Dar aulas não é trabalhar numa fábrica de rolhas ou encher sacos de empreitada.
Não se mede em números. O “numericismo” que envenena todo o processo de avaliação é filosoficamente o processo mais hediondo e hipócrita que há.
Que me interessa não ter faltado uma única hora de aulas, se as minhas interacções com os alunos forem péssimas e a minha preparação científica medíocre??
Dizem-me as chefias: “ a vida profissional compete com a vida pessoal! Agora é assim!”.
Ok: quem pode ensinar bem, com o coração nas nãos porque deixou o filho doente em casa ou a mãe sozinha, a ser operada a um cancro?
Quem pode ensinar bem, estando deprimida, triste, preocupada?
Os alunos não têm a mínima das culpas: mas há que reconhecer que ser professora, daquelas a sério, exige muita disponibilidade intelectual e emocional!! Não é tarefa fácil! Não estamos a fabricar rolhas! Não estamos a cumprir “metas empresariais”!!!
Estamos a lidar com seres humanos!!
As chefias que nos avaliam, deviam questionar a sua própria humanidade: até a legitimidade que têm é frágil: afinal foram eleitas sem concorrência!
A “fofoquice” e a maledicência, invadiram as escolas!!
Há colegas que recomendam que X ou Y não tenha cargos de direcção de turma. Que legitimidade têm para o fazer??
Quem são essas pessoas e o que demonstraram até agora??
Ser boa directora de turma é perguntar o signo de cada aluno para lhe desenhar a carta astral?
Será que declaram impostos, essas ditas “astrólogas” do quanto cobram por “consulta”??
Ouvi colegas, o ano inteiro, revoltarem-se contra as aulas assistidas e dizerem: “eu não estou para me sujeitar a isso! Primeiro que tudo está a minha família e os meus filhos!”
Essas colegas, nada mais fizeram do que cumprir o seu horário…E chegaram ao final do ano lectivo com a ambicionada avaliação de “Bom”.
Outras, apesar de estarem a viver “n” problemas somados, mães divorciadas sem apoio, filhas depauperadas pela dor dos pais e que quiseram dar o seu melhor e mostrar a sua competência científico pedagógica e que no final receberam o prémio de “regular”.
Há coisas que não se medem QUANTITATIVAMENTE MAS SIM QUALITATIVAMENTE!!
Vale mais uma aula bem dada do que 5 aulas sem qualquer interesse!
Quem sou eu para avaliar seja quem for? Não sou ninguém nem me atrevo a fazê-lo!
Mas tive filhas a estudar na escola onde trabalho. E sei as aulas que elas tiveram!!
Não: a vida profissional não pode competir com a vida pessoal.
Nem sequer se põe essa opção! Quem não está bem pessoalmente não pode estar bem profissionalmente!
Quem vive num ambiente recheado de graxistas e de “bufos” não pode trabalhar bem!
Digam a quem foi avaliado onde errou, quando errou e como errou!
Não lancem bocas para o ar tipo. “há 3 anos veio cá uma mãe mostrar o caderno da filha….e não tinha quase apontamentos nenhuns!”
Quem foi a encarregada de educação que se queixou? Que hipótese foi dada à professora de se defender?
Que dados concretos comprovam que a directora de turma não exerceu correctamente as suas funções?
Apontem-nos, indiquem-nos! Mostrem as ditas “evidências”!
Como disse atrás, não sou ninguém para avaliar seja quem for.
Conheço-me e conheço as minhas competências.
Sei que tive uma relação óptima com os encarregados de educação no ano em que fui avaliada. Sei que tive uma belíssima relação com os alunos!
Sei que detectei problemas no 6º ano _ problemas que em 5 anos ninguém reparou_ e que os encaminhei para os serviços de psicologia e apoio.
Estive disponível, sempre, para receber pais, dando até o meu número de telemóvel para os atender fora do meu horário!
Não: não me lembrei de substituir a colega que faleceu. O estado de choque em que todos ficámos, fez com que nem nos lembrássemos disso!!
A qualquer momento esperávamos o professor que vinha substituir a colega falecida e …mesmo que quisesse o meu horário não era compatível!!
Ao ser avaliada desta maneira, colaram-me um rótulo de “incompetente” na testa. E como sou uma professora “incompetente” não posso dar uma “má imagem da escola”.
Ao prejudicarem-me por faltas devidamente justificadas, quiseram arrasar a minha auto-estima e culpabilizar-me por coisas que não quis e que não desejo ao meu pior inimigo.
Já me avisaram que este ano estava a faltar muito: o ano da gripe A: em que eu fui “prendada”com a dita, assim como a minha filha mais nova. Foi o próprio delegado de saúde que me mandou ficar em casa.

A minha consciência está tranquila. A consciência dos avaliadores e a consequência dos seus actos fica com eles.
Deus é grande e não costuma dar a carga maior do que o burro.
Sou forte e imune a críticas que considero injustas.
Não brinco com os meus alunos: Não me regulo por estatísticas.
Nas escolas portuguesas, baixa-se a fasquia até que os menos estudiosos atinjam os “objectivos” e passa-se de ano os alunos “por antiguidade”.
Que futuro terão esses jovens se nunca forem habituados a trabalhar para atingir “competências”?
Eu não sei. Já nem é problema meu: é problema deste sistema, da ministra da educação e dos sindicatos que permitiram que isto acontecesse.
Não sou perfeita e sei que a perfeição não existe!
Confesso que sou distraída e despistada.
Mas não brinco com as coisas sérias.
Cumpro as minhas funções o melhor que posso e sei.
A avaliação que deram, apenas serviu para desmotivar: a mim e a quem achava que merecia mais.
Ponham um inspector do ministério da educação a observar as minhas aulas_ até com isso me ameaçaram!
Por amor de Deus! Façam-no!
Estou perfeitamente tranquila.
O mesmo não posso assegurar de pessoas que me acusam de coisas que não são concretas e que não podem provar.
Deus é Grande.
Tenham uma boa noite.

2 comentários:

  1. Pois: é fácil vir para aqui comentar anonimamente!!!
    Lamentável e vergonhoso que não tenhas a coragem de dar a cara!!
    Será que o teu filho tinha tantos problemas de aprendizagem que precisou de explicações no 5º ano??
    Cobardia sempre foi apanágio dos que falam mal dos outro sem dar a cara!
    Parabéns por ultrapassares todos os limites do tolerável!

    Isabel

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  2. Mais uma vez em resposta ao cobarde comentário que de tão nojento , limpei inform o do seguinte: sei como funcionam as escolas privadas porque também lecciono uma.
    Se alguma vez pôde sugerir, caro anónimo, que eu não estava a par das matérias do 5º ano, informo que sou licenciada por uma das melhores Universidades do País, já leccionei ao 11º ano, 10º ano, 9º e 8ºs anos de Fisico-Quimica para além de vários cursos de Formação profissional na área da Produção de Cavalos,(Biologia, anatomia, fisiologia etc).
    Será que o o caro anónimo que teve o desplante de me ofender tem algum curso??
    Será que tem algum CV que possa apresentar??
    Mais informo que fui convidada para leccionar numa escola privada por uma ex aluna minha que ADORAVA as minhas aulas!!
    Meu "amigo/a": a inveja e o ciúme são coisas mmmuuito feias!! Ainda mais feias ficam quando escondidas na capa do anonimato!
    Cobardes e invejosos: é por isso que este País está como está!!
    Se tiver uma réstea de honra ou decencia identifique-se!! Ah...E já agora..Trate-se!!

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